terça-feira, 7 de dezembro de 2010

E o Luxemburgo?


         Apesar de não ter tido uma carreira marcante como jogador, não há de se negar que Luxemburgo é um técnico consagrado. Em termos de títulos “Luxa” foi cinco vezes campeão da série A do Campeonato Brasileiro, além de ter sido técnico da seleção brasileira e do Real Madrid.
         Desde sua volta ao Brasil, Luxemburgo vem conquistando títulos inexpressivos. Quando assumiu pela última vez o Palmeiras, tinha muito investimento e um bom time ao seu dispor. Vanderlei foi abaixo do esperado pela diretoria Alviverde, fracassou no Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores.
         Logo após sua saída do Palmeiras, Vanderlei assumiu o Atlético – MG . O time mineiro foi montado de acordo com as condições de Luxemburgo, tendo um grande investimento. O resultado foi que o técnico deixou o Galo na zona de rebaixamento do Brasileirão.
         Luxa terminou o Campeonato como técnico do Flamengo. O time rubro-negro amargou apenas a 14º posição na tabela do brasileirão, ficando apenas a dois pontos da Zona do rebaixamento.
         Tendo um salário além do normal em todos os clubes que passa um dos motivos para o declínio do treinador seria seu vicio no pôquer. Segundo a matéria publicada na Revista ESPN, Luxemburgo já teria perdido mais de R$ 1 milhão de reais.
         Mas afinal, o que anda acontecendo com ele? Não é de pouco tempo que sua carreira vem em decadência. Se Vanderlei Luxemburgo fosse um time, ele estaria na zona de rebaixamento do grupo de elite do Campeonato Brasileiro. Sendo viciado ou não em jogos, o fato é que literalmente sua carreira está quase levando um xeque, quase mate.


Veja a matéria da Revista ESPN :
O ÚLTIMO BLEFE DE UM JOGADOR

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A Copa do Mundo é nossa?! Parte 2



         O Lance publicou uma matéria de grande impacto. Segundo a reportagem os sócios do Comitê de Organização Local da Copa do Mundo de 2014 seriam a CBF e a pessoa física de Ricardo Teixeira.
         A CBF teria direito a 99,99 % dos lucros e Teixeira, a 00,01%, o que já estranho. Mas mais estranho ainda é que esse percentual poderia ser mudado de acordo com a vontade dos sócios, ou seja, Teixeira poderá ficar com 100% dos lucros do Mundial no Brasil, ou investir em projetos sociais ou de interesse da CBF. Agora é esperar qual a opção que será escolhida.
         Normalmente em um mundial é comum a participação do governo, de empresários e da entidade que comanda o futebol no país. Só que no Brasil as coisas não seriam tão comuns assim, não é?! A aqui Copa será só a CBF e o seu sócio Ricardo Teixeira, que também é presidente da entidade.
         A Copa da Alemanha, por exemplo, obteve lucros de mais de R$ 260 milhões. Com esse dinheiro, o governo alemão, responsável pelo Comitê Organizador, escolheu destinar os recursos para a Federação Alemã de Futebol (DFB) e a Liga Alemã de Futebol (DFL). Dizem que a Copa aqui no Brasil poderá arrecadar em lucros mais de R$500 milhões.
         O que o presidente da CBF fez por incrível que possa parecer, está dentro das leis. O contrato está registrado na Junta Comercial do Rio de Janeiro.
         O COL/2014 foi formado em 2008 por Ricardo Teixeira. Ele é presidente da entidade, que também formada por sua filha, Joana Havelange (gerente-geral), entre outros ligados ao cartola.
         Qual o Legado que o Brasil vai deixar depois que a Copa passar? E os estádios, se tornarão mesmo elefantes brancos? Cada vez mais, infelizmente, as respostas dessas perguntas se tornam claras.
         E por fim, deixo a seguinte pergunta: a CBF não é uma entidade sem fins lucrativos nos seus estatutos, como poderia obter todos os lucros da Copa do Mundo?

Mais sobre o assunto : Matéria do lance

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A volta por cima



         Como se sabe ser jogador de futebol no Brasil é o sonho da maioria dos meninos e que na maioria das vezes, o sucesso é para poucos. Mas aqueles que conseguem adquirem uma responsabilidade muito grande, pois é uma oportunidade transformadora na vida de qualquer garoto pobre e de sua família e não são todos que estão preparados psicologicamente e emocionalmente para isso.
         É uma ascensão social meteórica, carro, mulheres e dinheiro aos seus pés e não é de hoje que se veem jogadores envolvidos em festas regadas a orgias e drogas, chega até ser comum.
         Às vezes certas histórias caem como uma bomba, por serem totalmente opostas ao que se pode ver nos noticiários. São histórias que andam na contramão de um país que tem, 3 milhões de usuários de maconha, 1,2 milhão de usuários de crack e 870 mil de usuários de cocaína, segundo dados da ONU e IBGE.
         O atacante do PSV, o brasileiro, Jonathan Reis, 21, foi demitido do clube no inicio do ano por envolvimento com drogas. O atleta que chegou cinco dias atrasado na concentração, foi submetido a fazer um exame de antidoping que detectou cocaína, o time holandês ainda ofereceu tratamento ao atleta, que o recusou, acarretando na sua demissão.
         O uso de drogas na vida do jogador começou dentro de casa, antes mesmo de se tornar jogador profissional, seu próprio pai era usuário de crack.
         A volta por cima de Jonathan começa em Belo Horizonte, em que ele assiste ao vivo a morte do seu amigo que estava sentado em um banco de praça ao seu lado. A partir daí, ele decidiu procurar uma clinica de reabilitação. Após a sua recuperação o time holandês contratou o atacante de volta. Hoje, a camisa 30 do PSV, vem se destacando no setor ofensivo da equipe.
         Histórias como essa existem cada vez mais. Claro que o jogador também é culpado, mas os clubes nessas horas tem o papel fundamental de não só pensar o jogador como uma mera mercadoria, mas também como ser humano.

sábado, 6 de novembro de 2010

Morte de atletas: fatalidade ou descaso?



         Em apenas duas semanas dois atletas profissionais morreram. Será que essas mortes foram apenas fatalidades ou existe muito mais coisa de baixo dos panos?
         No dia 23 de Outubro, o atleta americano, Fran Crippen, de 26 anos, morreu durante a última etapa da Copa do Mundo de maratona aquática, disputada nos Emirados Árabes Unidos. As condições desfavoráveis para a prática da competição vêm gerando sérias criticas a organização do evento, que mesmo com a temperatura da água beirando os 30 graus liberou a realização da prova. A alta temperatura da água pode ter sido um dos fatores para o mal súbito do atleta. Outra reclamação, é que apenas 30 atletas estavam na água e não havia botes suficientes para dar a devida segurança aos competidores. O corpo do americano só foi encontrado horas depois, já sem vida. Crippen era vice-líder do ranking mundial e venceu o PAN de 2007, no Rio de Janeiro.
         No ultimo dia 2, a morte do surfista havaiano Andy Irons, 32 anos, pegou todos de surpresa. Segundo, informações não oficiais, o tri campeão mundial de surfe teria contraído dengue hemorrágica na etapa portuguesa do Mundial. O Surfista retornou para sua casa, no Havaí e em seguida viajou para disputar a etapa do Rip Curl Pro Search em Porto Rico. Chegando ao Caribe, o surfista sentiu um mal estar. Sem condições de seguir na competição, voltou aos EUA. . A morte do atleta teria ocorrido quando ele estava a caminho do Havaí. Seu corpo foi encontrado num quarto de hotel em Dallas, onde se hospedou, depois de não conseguir vôo para o Havaí.
         A morte de Irons poderia ser pura fatalidade, mas talvez não seja. A maioria dos melhores lugares para se surfar, como em Porto Rico, onde Andy disputaria a etapa, possui condições precárias de saúde. Precauções quanto à saúde devem ser tomadas, como tomar vacinas e cuidados mínimos de higiene. Provavelmente a dengue hemorrágica contraída em Portugal, pode sim, ter sido agravada em Porto Rico.
         Fato é que a morte de dois atletas experientes não foram casos isolados, providências devem ser tomadas pelas organizações não só do surfe ou de maratonas aquáticas, mas de todas as modalidades esportivas. Os atletas têm o direito de ter plena segurança e apoio para poderem competir. Diante dos fatos, essas tragédias, infelizmente, foram anunciadas. Que as devidas providências possam ser tomadas para que novas mortes não aconteçam.



sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Jogadores de futebol sabem dos seus limites? #NeymarFacts


O acesso rápido à fama deixa jogadores sem limites, um dos principais motivos para isso, segundo especialistas, é a adulação e a falta de estrutura emocional o que acaba levando aos atletas acreditarem que podem fazer o que quiserem.

         A maioria dos jogadores vem de uma vida pobre e a passagem para uma nova realidade acaba sendo meteórica. Num dia, são jovens que passam necessidades, até fome, em categorias de base a espera de uma oportunidade no profissional de algum clube grande; no outro, adultos , que em meio a milhões conseguem ter uma carreira profissional, passando a ter um mundo “maravilhoso” aos seus pés, rodeado de carrões, mulheres e dinheiro. Essa ascensão social repentina, porém, está, sim, sujeita a turbulências e que na maioria das vezes os jogadores não estão preparados para ela.

Um dos assuntos que tem mais movimentado as rodas esportivas é a situação do Neymar. Não podemos negar que ele é um craque, tem um talento incontestável. Mas o que não devemos fazer é tratá-lo como “o tal” e colocarmos no mesmo patamar do que o Pelé. O sucesso repentino está de fato mexendo com cabeça dele.

Especulações sobre a vida dele sempre vão existir, a mídia tem papel fundamental nessa parte, o que algumas vezes passa a exagerar.

O fato que não podemos esquecer é de que ele tem 18 anos e tem tudo ao seu dispor, mas mimá-lo já é de mais. Já tivemos e temos vários “jogadores problemas” como, Romário, Edmundo e Adriano o que não queremos é ter outro. Tudo tem limite.

domingo, 22 de agosto de 2010

" Preconceito tolo, preconceito burro"



         Diz – se em uma sociedade marcada por estereótipos desde muito tempo atrás, em um ato de puro preconceito, que os brancos são superiores aos negros. No esporte, principalmente no futebol, a marca do preconceito, não deixaria de ser mostrada e é isso que a história comprova.
         No inicio da história do futebol no Brasil os times não aceitavam jogadores negros. Para driblar a proibição os atletas alisavam o cabelo e cobriam o rosto com pó-de-arroz para que dessa forma se passassem por brancos. Um dos exemplos mais famosos dessa prática foi a do Carlos Alberto, antigo jogador do fluminense, em que durante uma partida pelo campeonato carioca de 1914 a maquiagem começou a escorrer revelando a sua verdadeira cor.
         Não pense que esse preconceito é coisa do passado ou fruto só do Brasil. O jogador camaronês Samuel Eto’o, no início de sua carreira no Barcelona, era alvejado por bananas toda vez que pegava na bola. Jogadores brasileiros também foram vitimas de preconceito na Europa, em 2004 Juan e Roque Junior foram ofendidos durante um jogo contra o Real Madrid, em que toda vez que pegavam na bola a torcida imitava macacos. Esses foram apenas uns dos inúmeros preconceitos que atletas negros sofrem no mundo do futebol.
         Atletas de outros esportes também foram alvos de preconceito, como foi o caso do tenista brasileiro Júlio Silva, que acusou o austríaco Daniel Koellerer de proferir palavras racistas durante uma partida entre os dois.
         Um exemplo de que essa história pode estar mudando ocorre no atletismo em que os negros, principalmente em provas de velocidade, são superiores a atletas brancos, mesmo que essa superioridade seja determinada por um fator genético, é sim um marco.
         Todos nós somos vitimas desse preconceito tolo, imbecil e burro, mas que infelizmente é tão vigente no esporte, tão vigente no Brasil.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

“Remando contra maré”



         Enquanto muito dinheiro é gasto e pouco é feito para a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016 alguns atletas se juntam para fazer com que fique algum legado desses dois grandes eventos do esporte mundial, diferentemente do que aconteceu no Pan de 2007.
         Muito se falou sobre o legado que o Pan deixaria, mas o que é visto hoje é totalmente o oposto. Para o Pan, foram gastos, incluindo o dinheiro da prefeitura do RJ, do governo estadual, governo federal e iniciativa privada, mais de R$ 1 bilhão de reais. Poucas são as instalações construídas que hoje são aproveitadas, sendo a mais efetiva o Engenhão para jogos de futebol, em grande maioria as outras obras estão em completo abandono, como o velódromo (R$ 14,2 milhões) e o Estádio de Remo da Lagoa Rodrigo de Freitas (R$ 13,2 milhões). Grande parte das obras feitas não poderão ser utilizadas para as olimpíadas e a maioria das “instalações provisórias” não existem mais.
         Andando na contra mão, cerca de 50 atletas brasileiros de diferentes modalidades se uniram para que algum legado seja deixado tanto para a Copa e Olimpíadas, essa é a ONG Atletas pela Cidadania, que nada mais é do que a união de atletas e pessoas ligadas ao esporte para sensibilizar, conscientizar e mobilizar a sociedade no apoio em causas de interesse nacional. No ultimo dia 09, representantes da ONG se reuniram, em audiência, com o Ministro dos Esportes Orlando Silva, em que apresentaram diversas propostas relacionadas ao esporte, os pontos abordados foram a garantia da prática esportiva na educação pública brasileira, para todas as crianças e adolescentes, democratização da atividade esportiva e o aumento dos investimentos públicos, para desenvolvimento do esporte nacional.
         Entre ex – atletas e os atletas ligados a ONG estão: Magic Paula, Raí, Ida, Ana Moser, Joaquim Cruz, Flavio Canto, Kaká, Clodoaldo Silva, Lars Grael, entre outros. Iniciativas como essa é de enorme importância para que ainda se tenha alguma esperança para o esporte brasileiro.


Mais sobre a ONG : ONG Atletas Pela Cidadania

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Amigos, amigos negócios a parte



        Muito se sabe (ou não) sobre a gestão do Ricardo Teixeira, presidente da CBF desde 1989. Não foram poucos os escândalos que atingiram a gestão Teixeira durante esses 21 anos. Foram inúmeras acusações, como a de nepotismo de cargos na CBF e a da conhecida bancada da bola, em que é acusado de dar dinheiro da entidade para campanhas políticas de dirigentes esportivos, com a intenção de manter no Congresso Nacional uma bancada de deputados e senadores para defender a seus interesses. Ricardo, ainda Prestou depoimento em duas CPIs, a do futebol e a da CBF-Nike.
        Mas um fato novo merece bastante relevância, a do “não” de Muricy Ramalho para do técnico da Seleção. Sendo verdadeira, ou não, a história contada pelo jornalista Juca Kfouri no programa Linha de passe, na ESPN Brasil, merece, sim, bastante destaque. Segundo Juca, o Presidente do Fluminense Roberto Horcades, que até um tempo atrás era além de amigo, cardiologista de Ricardo Teixeira, sofreu um duro golpe, que para ele só ficou claro ao saber que não fazia mais parte da comissão médica da FIFA. Bom, tudo começou quando Horcades soube de uma reunião da comissão médica da FIFA na África do sul, em que não foi comunicado. Não querendo ser deselegante, Horcades tirou do próprio bolso a passagem para ir a África para a reunião, chegando lá descobre que não fazia mais parte da comissão médica e que em seu lugar tinha entrado o Mustafá Contursi, que até então não possui nenhum diploma médico. Lembrando que foi o mesmo Horcades que deu um atestado para Teixeira não participar de uma das várias CPIs. Tudo leva a crer que a amizade foi rompida depois que Horcades, não obedecendo ao presidente da CBF, votou contra o candidato da CBF no Clube dos 13. Uma coisa deixa claro, amigos, amigos, negócios a parte.

Mais sobre o assunto: Juca Kfouri sobre o não de Muricy Sobre a gestão Teixeira na CBF

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A toda poderosa mãe do futebol

Na época de Copa do Mundo fala-se muito sobre o legado que o evento pode deixar para o país-sede do evento. Mas, muitos, ou quase todos, não sabem o que ocorre por debaixo dos panos.

Uma das organizações mais lucrativas do mundo, diga-se de passagem, entidade sem fins lucrativos, a FIFA, domina praticamente tudo que envolve a Copa. Por determinação da entidade, na Copa do Mundo na África do Sul, ninguém pode vender absolutamente nada dentro de um raio de mais de um quilômetro do estádio, só o que for dos seus patrocinadores. A FIFA arrecada o dinheiro dos ingressos dos jogos e ainda no centro internacional de imprensa, em Johannesburg, até uma simples água tem que ser comprada pelos jornalistas.

A FIFA arrecada anualmente US$ 1 bilhão (dado oficial) as suas duas grandes principais fontes de receitas é a venda de direitos de transmissão dos seus eventos futebolísticos para a TV e as cotas de patrocínio. Uma parte do dinheiro vai para os funcionários e outra parte vai para as federações afiliadas, que têm direito a voto, o que explica em muito a sucessivas reeleições dos seus dirigentes em uma ação recíproca e de “extrema” generosidade.

No Brasil a construção da infra-estrutura para a Copa pode estar atrasada, mas para a maracutaia já está bem avançada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou projeto de lei concedendo isenção fiscal à FIFA e a outras entidades que atuarão durante a realização do Mundial.

É praticamente fato que a maracutaia vai rolar solta, o que vai nos restar é tentar ficar de olho para ver se dessa vez, diferentemente do Pan de 2007, fique algum legado para o Brasil.


sexta-feira, 25 de junho de 2010

" Escondendo o jogo"


A Copa do Mundo que está sendo realizada na África do Sul vem nos escondendo muitas coisas, e não pense que é o futebol das grandes seleções. O governo Sul Africano anda nos escondendo a “cidade de lata” construída na Cidade do Cabo, uma das sedes do Mundial. Foram mandados a Blikkiesdorp, ou cidade de lata, pessoas estipuladas pelo governo como “indesejáveis” - como moradores de rua, imigrantes, pobres e aidéticos – para que ficassem longe dos olhos dos turistas.

Tudo começou em 2007, quando se deu o inicio das construções das obras para a Copa, aliás, a construção do estádio Green Point, na cidade do Cabo, custou cerca de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. As pessoas foram removidas, até com o uso da força, e foram levadas até um local de caráter provisório afastado da cidade, e lá despejadas em cubículos feitos de lata (uma espécie de containers) cobertos por lona. O governo prometeu que seriam construídas casas de verdade para essas pessoas, já se passaram 3 anos e por lá essas pessoas permanecem cercadas e esquecidas.

Mas, não pense que isso acontece apenas em uma Copa do Mundo, nas Olimpíadas de Pequim (2008) estima-se que foram removidas, pelo governo, 10 mil pessoas para outros locais da cidade. A intenção do governo era fazer com que a cidade parecesse “limpa e organizada”, para isso foram construídos uma espécie de muros ou telas em volta de bairros pobres ou algo que o governo julgue como desagradável aos olhos da cidade. Era uma forma de maquiar a cidade.

A próxima Copa do Mundo será no Brasil, país que possui cerca de 11, 35 milhões de pobres (IPA 2008), que entre 1,0 a 1,8 milhões de pessoas são moradores de rua (dados imprecisos da Agência Brasil) e que existem16. 433 favelas (IBGE), sendo Rio de Janeiro, a principal sede do Mundial, aproximadamente 513 favelas (IBGE),

Você acredita que o que aconteceu em Pequim, o que está acontecendo na África do Sul, não acontecerá também no Brasil? Eu acredito que sim, agora saber como eles irão conseguir esconder tudo isso é outra história..

quinta-feira, 3 de junho de 2010

“A copa do mundo, é nossa?!...”


Saiu a logomarca para a Copa do Mundo de 2014, mas será que estamos preparados para receber um evento desse porte? Hoje a África do Sul é o centro das atenções, e muitos falam das dificuldades que existem no lugar como a fome, pobreza, violência, caos no transporte público, segregação entre brancos e negros, enfim, a falta dos direitos sociais básicos, mesmo sendo um país com uma enorme fonte de riqueza. Guardado às devidas proporções, o Brasil não foge dessa realidade.

Segundo dados preliminares da CBF, o Brasil vai precisar gastar R$ 11 bilhões para se preparar para a copa de 2014. Estima-se que o governo gaste R$ 8,5 bi em infra-estrutura para o evento, ou seja, o dinheiro sairá do meu, do seu, do nosso bolso. Vão ser construídos e reformados estádios, hotéis e melhorar a infra-estrutura em alguns lugares; mas e depois? Quem vai desfrutar disso tudo? Quem vai desfrutar de um estádio onde se mal joga futebol, como em Cuiabá? E em que lugares serão melhorados essa infra-estrutura? Tenho certeza de que não vai ser no sertão nordestino, onde muitos morrem de fome ou sede todos os dias.

O caso não é a Copa ser no Brasil, mas é que existem outros problemas a serem tratados e que, de certa forma, afetarão o evento em 2014. Enquanto R$ 2 bilhões serão gastos nas reformas e construções de estádios, existem no Brasil, pelo menos, 36 milhões de brasileiros que nunca sabem quando farão a próxima refeição. 56,9 milhões vivem abaixo da linha da pobreza, 16 milhões são analfabetos. A cada cinco minutos morre uma criança no Brasil, a maioria de doenças da fome. Lembrando que milhões no Brasil sofrem com o caos na saúde e na educação, violência, drogas e a falta de saneamento básico.

A copa vai passar e o Brasil vai continuar aqui, os problemas continuarão aqui. Que o futebol não seja a única coisa lembrada durante desse tempo.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Os chatos são chatos e pronto!

Sabe, às vezes passamos a vida toda com pessoas próximas, mas que parecem ser estranhas e convivemos com pessoas estranhas que nos parecem tão próximas, é a dialética que a vida nos prega.

Pois é!

O pior de tudo isso é quando essas pessoas estranhas que parecem ser próximas são chatas, e desse tipo existem muuuuuuuuuuitas, mas existem distinções, chatos não são chatos iguais, são chatos diferentes.

Um chato nunca admite que seja chato!

Talvez eu também seja uma dessas chatas!

Chatos são chatos e pronto!

O que piora toda essa situação é quando essa pessoa estranha que parece ser próxima e que é chata mais tão chata que não chega a ser insuportável e, sim, amável, amiga e inconfundível.

E é desse tipo que eu estou cercada!

Não reclamo, pois eu os amo.

Como diria Mário Quintana: “Há 2 espécies de chatos: os chatos propriamente ditos e ... os amigos, que são os nossos chatos prediletos."