sexta-feira, 9 de julho de 2010

A toda poderosa mãe do futebol

Na época de Copa do Mundo fala-se muito sobre o legado que o evento pode deixar para o país-sede do evento. Mas, muitos, ou quase todos, não sabem o que ocorre por debaixo dos panos.

Uma das organizações mais lucrativas do mundo, diga-se de passagem, entidade sem fins lucrativos, a FIFA, domina praticamente tudo que envolve a Copa. Por determinação da entidade, na Copa do Mundo na África do Sul, ninguém pode vender absolutamente nada dentro de um raio de mais de um quilômetro do estádio, só o que for dos seus patrocinadores. A FIFA arrecada o dinheiro dos ingressos dos jogos e ainda no centro internacional de imprensa, em Johannesburg, até uma simples água tem que ser comprada pelos jornalistas.

A FIFA arrecada anualmente US$ 1 bilhão (dado oficial) as suas duas grandes principais fontes de receitas é a venda de direitos de transmissão dos seus eventos futebolísticos para a TV e as cotas de patrocínio. Uma parte do dinheiro vai para os funcionários e outra parte vai para as federações afiliadas, que têm direito a voto, o que explica em muito a sucessivas reeleições dos seus dirigentes em uma ação recíproca e de “extrema” generosidade.

No Brasil a construção da infra-estrutura para a Copa pode estar atrasada, mas para a maracutaia já está bem avançada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou projeto de lei concedendo isenção fiscal à FIFA e a outras entidades que atuarão durante a realização do Mundial.

É praticamente fato que a maracutaia vai rolar solta, o que vai nos restar é tentar ficar de olho para ver se dessa vez, diferentemente do Pan de 2007, fique algum legado para o Brasil.