domingo, 22 de agosto de 2010

" Preconceito tolo, preconceito burro"



         Diz – se em uma sociedade marcada por estereótipos desde muito tempo atrás, em um ato de puro preconceito, que os brancos são superiores aos negros. No esporte, principalmente no futebol, a marca do preconceito, não deixaria de ser mostrada e é isso que a história comprova.
         No inicio da história do futebol no Brasil os times não aceitavam jogadores negros. Para driblar a proibição os atletas alisavam o cabelo e cobriam o rosto com pó-de-arroz para que dessa forma se passassem por brancos. Um dos exemplos mais famosos dessa prática foi a do Carlos Alberto, antigo jogador do fluminense, em que durante uma partida pelo campeonato carioca de 1914 a maquiagem começou a escorrer revelando a sua verdadeira cor.
         Não pense que esse preconceito é coisa do passado ou fruto só do Brasil. O jogador camaronês Samuel Eto’o, no início de sua carreira no Barcelona, era alvejado por bananas toda vez que pegava na bola. Jogadores brasileiros também foram vitimas de preconceito na Europa, em 2004 Juan e Roque Junior foram ofendidos durante um jogo contra o Real Madrid, em que toda vez que pegavam na bola a torcida imitava macacos. Esses foram apenas uns dos inúmeros preconceitos que atletas negros sofrem no mundo do futebol.
         Atletas de outros esportes também foram alvos de preconceito, como foi o caso do tenista brasileiro Júlio Silva, que acusou o austríaco Daniel Koellerer de proferir palavras racistas durante uma partida entre os dois.
         Um exemplo de que essa história pode estar mudando ocorre no atletismo em que os negros, principalmente em provas de velocidade, são superiores a atletas brancos, mesmo que essa superioridade seja determinada por um fator genético, é sim um marco.
         Todos nós somos vitimas desse preconceito tolo, imbecil e burro, mas que infelizmente é tão vigente no esporte, tão vigente no Brasil.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

“Remando contra maré”



         Enquanto muito dinheiro é gasto e pouco é feito para a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016 alguns atletas se juntam para fazer com que fique algum legado desses dois grandes eventos do esporte mundial, diferentemente do que aconteceu no Pan de 2007.
         Muito se falou sobre o legado que o Pan deixaria, mas o que é visto hoje é totalmente o oposto. Para o Pan, foram gastos, incluindo o dinheiro da prefeitura do RJ, do governo estadual, governo federal e iniciativa privada, mais de R$ 1 bilhão de reais. Poucas são as instalações construídas que hoje são aproveitadas, sendo a mais efetiva o Engenhão para jogos de futebol, em grande maioria as outras obras estão em completo abandono, como o velódromo (R$ 14,2 milhões) e o Estádio de Remo da Lagoa Rodrigo de Freitas (R$ 13,2 milhões). Grande parte das obras feitas não poderão ser utilizadas para as olimpíadas e a maioria das “instalações provisórias” não existem mais.
         Andando na contra mão, cerca de 50 atletas brasileiros de diferentes modalidades se uniram para que algum legado seja deixado tanto para a Copa e Olimpíadas, essa é a ONG Atletas pela Cidadania, que nada mais é do que a união de atletas e pessoas ligadas ao esporte para sensibilizar, conscientizar e mobilizar a sociedade no apoio em causas de interesse nacional. No ultimo dia 09, representantes da ONG se reuniram, em audiência, com o Ministro dos Esportes Orlando Silva, em que apresentaram diversas propostas relacionadas ao esporte, os pontos abordados foram a garantia da prática esportiva na educação pública brasileira, para todas as crianças e adolescentes, democratização da atividade esportiva e o aumento dos investimentos públicos, para desenvolvimento do esporte nacional.
         Entre ex – atletas e os atletas ligados a ONG estão: Magic Paula, Raí, Ida, Ana Moser, Joaquim Cruz, Flavio Canto, Kaká, Clodoaldo Silva, Lars Grael, entre outros. Iniciativas como essa é de enorme importância para que ainda se tenha alguma esperança para o esporte brasileiro.


Mais sobre a ONG : ONG Atletas Pela Cidadania

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Amigos, amigos negócios a parte



        Muito se sabe (ou não) sobre a gestão do Ricardo Teixeira, presidente da CBF desde 1989. Não foram poucos os escândalos que atingiram a gestão Teixeira durante esses 21 anos. Foram inúmeras acusações, como a de nepotismo de cargos na CBF e a da conhecida bancada da bola, em que é acusado de dar dinheiro da entidade para campanhas políticas de dirigentes esportivos, com a intenção de manter no Congresso Nacional uma bancada de deputados e senadores para defender a seus interesses. Ricardo, ainda Prestou depoimento em duas CPIs, a do futebol e a da CBF-Nike.
        Mas um fato novo merece bastante relevância, a do “não” de Muricy Ramalho para do técnico da Seleção. Sendo verdadeira, ou não, a história contada pelo jornalista Juca Kfouri no programa Linha de passe, na ESPN Brasil, merece, sim, bastante destaque. Segundo Juca, o Presidente do Fluminense Roberto Horcades, que até um tempo atrás era além de amigo, cardiologista de Ricardo Teixeira, sofreu um duro golpe, que para ele só ficou claro ao saber que não fazia mais parte da comissão médica da FIFA. Bom, tudo começou quando Horcades soube de uma reunião da comissão médica da FIFA na África do sul, em que não foi comunicado. Não querendo ser deselegante, Horcades tirou do próprio bolso a passagem para ir a África para a reunião, chegando lá descobre que não fazia mais parte da comissão médica e que em seu lugar tinha entrado o Mustafá Contursi, que até então não possui nenhum diploma médico. Lembrando que foi o mesmo Horcades que deu um atestado para Teixeira não participar de uma das várias CPIs. Tudo leva a crer que a amizade foi rompida depois que Horcades, não obedecendo ao presidente da CBF, votou contra o candidato da CBF no Clube dos 13. Uma coisa deixa claro, amigos, amigos, negócios a parte.

Mais sobre o assunto: Juca Kfouri sobre o não de Muricy Sobre a gestão Teixeira na CBF