quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Amigos, amigos negócios a parte



        Muito se sabe (ou não) sobre a gestão do Ricardo Teixeira, presidente da CBF desde 1989. Não foram poucos os escândalos que atingiram a gestão Teixeira durante esses 21 anos. Foram inúmeras acusações, como a de nepotismo de cargos na CBF e a da conhecida bancada da bola, em que é acusado de dar dinheiro da entidade para campanhas políticas de dirigentes esportivos, com a intenção de manter no Congresso Nacional uma bancada de deputados e senadores para defender a seus interesses. Ricardo, ainda Prestou depoimento em duas CPIs, a do futebol e a da CBF-Nike.
        Mas um fato novo merece bastante relevância, a do “não” de Muricy Ramalho para do técnico da Seleção. Sendo verdadeira, ou não, a história contada pelo jornalista Juca Kfouri no programa Linha de passe, na ESPN Brasil, merece, sim, bastante destaque. Segundo Juca, o Presidente do Fluminense Roberto Horcades, que até um tempo atrás era além de amigo, cardiologista de Ricardo Teixeira, sofreu um duro golpe, que para ele só ficou claro ao saber que não fazia mais parte da comissão médica da FIFA. Bom, tudo começou quando Horcades soube de uma reunião da comissão médica da FIFA na África do sul, em que não foi comunicado. Não querendo ser deselegante, Horcades tirou do próprio bolso a passagem para ir a África para a reunião, chegando lá descobre que não fazia mais parte da comissão médica e que em seu lugar tinha entrado o Mustafá Contursi, que até então não possui nenhum diploma médico. Lembrando que foi o mesmo Horcades que deu um atestado para Teixeira não participar de uma das várias CPIs. Tudo leva a crer que a amizade foi rompida depois que Horcades, não obedecendo ao presidente da CBF, votou contra o candidato da CBF no Clube dos 13. Uma coisa deixa claro, amigos, amigos, negócios a parte.

Mais sobre o assunto: Juca Kfouri sobre o não de Muricy Sobre a gestão Teixeira na CBF

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