sábado, 6 de novembro de 2010

Morte de atletas: fatalidade ou descaso?



         Em apenas duas semanas dois atletas profissionais morreram. Será que essas mortes foram apenas fatalidades ou existe muito mais coisa de baixo dos panos?
         No dia 23 de Outubro, o atleta americano, Fran Crippen, de 26 anos, morreu durante a última etapa da Copa do Mundo de maratona aquática, disputada nos Emirados Árabes Unidos. As condições desfavoráveis para a prática da competição vêm gerando sérias criticas a organização do evento, que mesmo com a temperatura da água beirando os 30 graus liberou a realização da prova. A alta temperatura da água pode ter sido um dos fatores para o mal súbito do atleta. Outra reclamação, é que apenas 30 atletas estavam na água e não havia botes suficientes para dar a devida segurança aos competidores. O corpo do americano só foi encontrado horas depois, já sem vida. Crippen era vice-líder do ranking mundial e venceu o PAN de 2007, no Rio de Janeiro.
         No ultimo dia 2, a morte do surfista havaiano Andy Irons, 32 anos, pegou todos de surpresa. Segundo, informações não oficiais, o tri campeão mundial de surfe teria contraído dengue hemorrágica na etapa portuguesa do Mundial. O Surfista retornou para sua casa, no Havaí e em seguida viajou para disputar a etapa do Rip Curl Pro Search em Porto Rico. Chegando ao Caribe, o surfista sentiu um mal estar. Sem condições de seguir na competição, voltou aos EUA. . A morte do atleta teria ocorrido quando ele estava a caminho do Havaí. Seu corpo foi encontrado num quarto de hotel em Dallas, onde se hospedou, depois de não conseguir vôo para o Havaí.
         A morte de Irons poderia ser pura fatalidade, mas talvez não seja. A maioria dos melhores lugares para se surfar, como em Porto Rico, onde Andy disputaria a etapa, possui condições precárias de saúde. Precauções quanto à saúde devem ser tomadas, como tomar vacinas e cuidados mínimos de higiene. Provavelmente a dengue hemorrágica contraída em Portugal, pode sim, ter sido agravada em Porto Rico.
         Fato é que a morte de dois atletas experientes não foram casos isolados, providências devem ser tomadas pelas organizações não só do surfe ou de maratonas aquáticas, mas de todas as modalidades esportivas. Os atletas têm o direito de ter plena segurança e apoio para poderem competir. Diante dos fatos, essas tragédias, infelizmente, foram anunciadas. Que as devidas providências possam ser tomadas para que novas mortes não aconteçam.



Um comentário:

  1. e cada vez mais mortes no esportes
    no futebol esta sendo a maior incidencia de mortes ,descuido dos atletas?
    ou os comites organizadores não estao se preocupando com isso?fatalidade?

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